Só uma Prosa

Ela fazendo abdominal ali, a outra na esteira. Eu aqui comendo besteira! Estou nem ai se vou engordar. Quero ser feliz e num rio de Nutella nadar. Pneuzinho, pochete, Estria, celulitezinha. Que que isso mesmo? Guria, esculta o que digo não interessa seu peso, número da calça, ou o jeito do umbigo. Então vai por mim, começa a se amar. Porque somos todas perfeitas... Do jeito que somos!

Quero? Não quero. Sinto? Não sinto. Vejo? Não vejo. Amo?! Não digo. O mundo dá voltas, minha mente também. E o que quero é que tudo acabe bem.

  Eles não se conheciam. Tinham apenas amigos em comum. Ela era toda tímida, ele todo galanteador. Então numa festa de um amigo de ambos, se conheceram. Ele fazia ela ri, ela falava sobre si. Até que decidiram se encontrar. Depois de três encontros, começaram a ficar. Ela não vivia sem seu palhacinho, ele não vivia sem seu pedaço de carinho. Isso aconteceu a muito tempo e eles ainda continuam juntos, se amando e amando.    Eu quero um amor assim. É assim que quero amar. Quero um palhacinho, para velhinha do seu lado ficar. Que o amor aumente cada dia. E brigas só façam-o aumentar. " Te amo" qualquer hora do dia. Isso existe sim, só basta acreditar.

  Já é noite. Estou deitada, pensando em tudo que fui e deixei de ser. Quantas coisas poderia ter feito, só não fiz porque meu medo fala mais alto.   Minha  cama serve como psicólogo. Toda vez que me deito, um mundo de possibilidades no passado, presente e futuro aparecem. Eu crio meus sonhos e assim não sou feliz plenamente.    Está quase amanhecendo e eu não consegui descansar. Meu mundo parece perdido. Acho que estou virando um zumbi. Caminhando; me alimentando e vivendo só por viver.   Muitos me dizem que é coisa de adolescente, decorrente dessa fase, preocupação com os vestibulares, escolhas para a vida me deixando preocupada.   O celular desperta, me levanto ( por incrível que pareça) cheia de energia. Está começando um novo dia. E tudo que quero é sorrir, torcer para fazer escolhas certas e que essa fase da minha vida passe. Pois já não quero pensar no futuro. Quero é vivê-lo. 

Era incrível como eramos amigos. Você me apoiava e eu ria das suas piadas sem graça. Você era lindo, já eu uma geek cacheada. Quando estávamos só nós dois a conversa fluía, quando rodeados de pessoas a vergonha aparecia. Eu, por dever me apaixonei por você. Você todo educado, continuou meu amigo como se nada tivesse mudado. Mas mudou. Não quis acabar com nossa amizade e esse amor deixei passar. Você foi embora, pra talvez nunca mais voltar. A amizade diminuiu. E eu hoje digo que você foi meu primeiro amor e talvez para sempre eu vá te amar.

 E lá vem você, depois de um ano sem nos vermos. Eu estava sentada no banco do parque e você... ah você, lindo como sempre, caminhando até a minha direção.      - Olá!- Diz com aquela voz rouca.  Você me encarava como se nada tivesse acontecido. Como se não tivesse gritado comigo e me mandado embora. Um ano se passou e eu achava que ainda gostava de você.     -Oi!- Foi tudo que eu disse com um sorriso torto, para não mostrar que ainda podia te amar.  Ele senta do meu lado. O coração acelera. " Por favor não vá pagar mico", era tudo que pensava.     -E aí, por onde andou esse último ano?- Pensei que você tinha dito que não queria mais saber de mim, porque amava outra.    - Me mudei pro Rio, fui fazer faculdade.    - Legal. Direito, não?  Nossa você não ouviu nada do que eu disse todo aquele tempo.    - Não, não. Cinema!    - Interessante.- É tudo que diz olhando pro céu.  Naquela hora me perguntava como podia pensar em amar alguém que me trocou, nunca

Eu andava impaciente. Hoje vivo contente. Antes não gostava de mim. Hoje me amo. Antes odiava ser baixinha. Agora amo, pois me difere dos demais. Não gostava de ter seios pequenos, Mas hoje já nem ligo mais. Antes dava importância a todas coisas ruins que falavam. Agora quando falam, eu acabo ajudando; pois ninguém é melhor do que eu para ver quais são meus defeitos. Descobri que não devemos nos preocupar. A danada da preocupação não ajuda em nada, é igual mascar chiclete para fazer o dever de matemática. Defeito é uma palavra que não me faz entristecer por te-la, já que agora eu sei que perfeição só cabe ao ninguém; pois ninguém é perfeito. E eu sou cheia de D-E-F-E-I-T-O-S.

Escravidão. Dizem que não existe mais. Mas o que é isso que todo o dia a gente faz? Acordo, estudo, durmo, acordo. É isso todo dia. E só chamamos de rotina. Para mim vai além, isso é escravidão. Somos escravos da mesmice e nem temos noção.